Escrevi isto ontém, ao fechar um livro... estou lendo sobre montanhas, mais especificamente, sobre os desafios de se escalar o Everest. Não, eu não vou tentar escalar o monte Everest! A Geraldine não iria deixar, óbviamente. Tenho outras “montanhas para escalar” antes, tão difíceis quanto o Everest, enfim, são jornadas pessoais, e todos tem as suas. Uma pessoa pode pensar que um livro sobre  escalar uma montanha só interessa a escaladores, ou que um livro do Amyr Klink tenha finalidade somente a navegadores. Engano redondo. Estas literaturas tratam de superações pessoais, de organização, de encontros consigo e com a natureza circundante. Levam você a não esquecer que o mais importante é o auto-conhecimento.  Há algum tempo voltei a remexer nas minhas gavetas, que por certo divido com Geraldine, são nossas gavetas imaginárias; ao mexer nelas posso ver tanta coisa já feita, o que causa um  contentamento, mas não deixo de notar que lá no canto tem projetos também, que estão lá, como se diz, "na gaveta". Existem projetos, sonhos, que são idealizados para habitar as gavetas mesmo. Fazem companhia aos que saem da gaveta, e depois retornam para ficar guardadinhos num cantinho, apenas para relatar aos mais novos sua experiência, assim como velhos sábios que tem uma história pra contar.

Complicado é administrar a ansiedade de jovens projetos, cheios de razão, tal qual adolescentes, com tanta energia... por isto, é importante ter tranquilidade para compreender que as coisas tem um tempo, tem um ritmo próprio e nada adianta  acelerar o processo, pois o amadurecimento natural é que confere o máximo de sabor.